terça-feira, 11 de maio de 2010
Conceito do modelo tradicional é revisto
"Nossa intenção não é alimentar a humanidade com o frango verde. Todo o nosso esforço está em motivar o produtor a adotar os métodos naturais" - Fernando Augusto de Souza, gerente-geral da Korin
A Korin Agropecuária é pioneira na criação de frangos conhecidos como alternativos ou verdes sem uso de antibióticos, anticoccidianos, promotores de crescimento e quimioterápicos. A saúde e desempemho dos animais são conseguidos através de princípios naturais: extrato de plantas, óleos, essências e microorganismos benéficos conhecidos como probióticos. A criação respeita o ciclo de vida natural de cada ave, que varia entre 49 e 52 dias. A alimentação também é 100% vegetal e foi desenvolvida pela própria Korin e, em sua maior proporção, é composta por milho e farelo de soja. Utilizar uma ração própria é garantia quanto a não inclusão de substâncias químicas e ingredientes de origem animal. Outras características: ter hidratação controlada abaixo do limite legal de 8% e ser embalados sem cabeça para não agregar peso.
A segurança alimentar e a influência dos alimentos na saúde humana foi balançada pelos últimos episódios da vaca louca, na Europa, que vitimou mais de 200 consumidores da carne bovina infectada, e pela pandemia da gripe aviária, na Ásia, onde milhares de aves foram sacrificadas e 25 pessoas morreram. Sem falar na contaminação do frango com dioxina, substância cancerígena, na Bélgica, e a resistência bacteriana aos antibióticos que, a cada ano, faz mais e mais vítimas.
Nesse cenário, o frango verde é definido por Luiz Carlos Demattê Filho, médico veterinário e gerente de Produção Animal da Korin, da seguinte forma: “um alimento natural que reúne o ideal e o anseio de milhões de consumidores que buscam uma vida saudável e próspera”. Ele explica que os métodos de criação da Korin são revolucionários. As aves não ficam confinadas em gaiolas, mas soltas no chão e botam ovos em ninhos. “Isso é feito para garantir o bem-estar dos animais, pois dessa forma podem expressar comportamentos naturais e inerentes à espécie”, explica.
“A importância da nossa técnica de produção reside em dois pontos: primeiro, porque não é fácil produzir animais neste modelo. Há que se rever todo um sistema de produção já implantado e seguido por muitos e muitos anos, ou seja, quebrar os paradigmas do modelo convencional. Segundo, pela segurança alimentar, pois sabemos que os antibióticos e promotores de crescimento têm sido apontados como indutores de resistência baracteriana em seres humanos”, afirma o veterinário.
MOTIVAÇÃO
A Korin Agropecuária prepara o terceiro contêiner com cerca de 30 mil frangos verdes que estão destinados a 300 supermercados japoneses, único país para onde exporta. “Nossa intenção não é alimentar a humanidade com esse produto. Todo o nosso esforço está concentrado em desenvolver tecnologia, manejo adequado, para oferecer para os produtores. Eles, sim, devem estar motivados para fazer a conversão dos métodos convencionais, que estão praticamente condenados, para os naturais, pois, através deles, o frango absorve os nutrientes, se torna saudável e nunca precisa ser medicado”, afirma o especialista em direito empresarial, Fernando Augusto de Souza, gerente geral da Korin.
Onde encontrar
A Korin mantém uma plataforma de consumo para que os legumes, verduras e frutas cultivados pela agricultura natural da empresa, possam ser solicitados por qualquer pessoa, em qualquer região . O consumidor interessado em ter o alimento natural pode ir a um supermercado e pedir ao gerente para solicitá-lo, que a Korin manda entregar. Outra sugestão é a formação de grupos de consumidores, que podem solicitar os produtos por e-mail, através do Fale Conosco do site www.korin.com.br. Em BH, podem tratar com os supermercados Verdemar e Extra.
Recuperar o solo é o 1º passo
"A agricultura natural parte do princípio de valorizar a força da própria terra, sem adubos ou agrotóxico"
Rosa Maria
Na agricultura natural, quanto melhor for a condição da terra, melhores também serão os resultados
Para explicar os princípios da agricultura natural, Mokiti Okada parte de uma reflexão sobre a importante missão do solo. Ele afirma que a agricultura moderna tomou o caminho errado, porque menosprezou a força do solo, chegando à equivocada conclusão de que, para se obter melhores resultados, é preciso interferência humana.
Com base nesse raciocínio, agricultores passaram a usar estrumes, adubos químicos e agrotóxicos. Dessa maneira, a natureza do solo foi pouco a pouco se degradando, sofrendo transformações e sua força original acabou diminuindo. Os agricultores modernos não percebem isso e continuam acreditando que a causa das más colheitas é a falta de adubos.
Com a adubagem, consegue-se bons resultados temporariamente. Pouco a pouco, o solo vai ficando intoxicado, tornando necessário o uso de mais adubos para a obtenção de boas colheitas. Esse equívoco acabou levando o agricultor a lançar mão de substâncias mais poderosas, as químicas, e gerou esse ciclo vicioso que escraviza a lavoura atualmente e mata o solo.
O princípio básico da agricultura natural consiste em fazer manifestar a força do solo, pois representa a condição primordial para o bom ou mau resultado da colheita (leia sobre o Bokashi na página 9). Quanto melhor for a condição da terra, melhores também serão os resultados. O método para fertilizar o solo consiste em fortalecer sua energia. Para isso, é necessário, primeiramente, torná-lo puro e limpo.
SEGUIR A LÓGICA
A agricultura natural não usa absolutamente nada daquilo a que se dá o nome de adubo, seja de origem química ou animal. O estrume de cavalo, galinha ou mesmo resíduos de peixes devem ser evitados, porque se não têm química transportam a verminose, que se acumula nos vegetais e, quando são ingeridos, chegam até o organismo humano. Até o carvão de madeira, é recusado. Esses elementos não caem do céu nem brotam da terra; são manipulados pelo homem. Portanto, são antinaturais. Mokiti Okada recomenda apenas o uso de compostos naturais para tratar e recuperar o solo: folhas e capins secos.
“Nada poderia existir no Universo sem os benefícios da grande natureza. O Criador fez com que possam ser produzidas todas as espécies que constituem a alimentação do homem. Seguindo a lógica, tudo será perfeitamente compreendido”, destaca Mokiti Okada. O mais importante em qualquer cultivo, é ter cuidado para que as pontas dos pêlos absorventes cresçam livremente e para isso deve-se evitar o endurecimento do solo. O composto natural deve estar meio decomposto apenas, pois se o estiver totalmente acaba endurecendo.
Transição
Há um aspecto que deve ser observado: quando se introduz a agricultura natural num local já tratado com adubos, não se obtêm bons resultados durante um ou dois anos, porque a terra está intoxicada. Deve-se, portanto, ter paciência, pois nesse espaço de tempo e com a diminuição gradativa das toxinas de adubos no solo e nas sementes, a terra começará a manifestar sua força. Os vegetais passarão a absorver seus nutrientes e terão, de volta, seu sabor natural e serão muito mais saborosos. E os homens muito mais saudáveis.
Adubo à base de folhas
O composto natural, feito somente com capim, decompõe-se rapidamente, mas o de folhas de árvores demora muito mais, devido às fibras e nervuras, que são duras. Deve-se deixá-lo por longo tempo até sua suficiente decomposição. A razão disso é que as pontas dos pêlos absorventes têm o seu crescimento prejudicado pelas fibras das folhas utilizadas como compostos orgânicos. Mokiti Okada também é contra arejar a raiz das plantas. Na sua opinião, isso não tem sentido, pois se é um solo que até deixa passar o ar, nele se processa o bom desenvolvimento das raízes.
Outro ponto importante da agricultura natural é o aquecimento do solo. No caso das radicelas e dos pelos absorventes das verduras comuns, basta fazer uma camada de composto natural com mais ou menos 30 centímetros numa profundidade aproximadamente igual. Tratando-se, por exemplo, de vegetais em que se visam às raízes, a profundidade deve ser compatível com o comprimento da raiz de cada planta. O composto à base de capim deve ser bem misturado com a terra, utilizando-se o composto à base de folhas de árvores para formar o leito abaixo do solo.
Okada sempre obteve bons resultados no uso do mesmo solo para culturas repetitivas. Ele explica que para vivificar o solo e ativar a sua força, também é recomendado fazer culturas repetitivas. Desta forma, o solo vai se adaptando naturalmente. Quanto às pragas, com a eliminação dos adubos elas tendem a reduzir significativamente. Na realidade, são os adubos os maiores provocadores das pragas que atacam os vegetais e o solo.
Luta pela vida
Os principais objetivos da agricultura natural são:
• Produzir alimentos que incrementem cada vez mais a saúde do homem;
• Recuperar o equilíbrio e propriedades do solo, da planta, do animal e do meio ambiente;
• Ser espiritual e economicamente vantajosa tanto para o produtor quanto para o consumidor;
• Ser praticada por qualquer pessoa, até em casa e pequenos sítios. Além disso, ter caráter permanente;
• Respeitar a natureza e conservá-la;
• Garantir alimentação para toda a humanidade independente do crescimento demográfico.
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