Reflexões motivadas pelo grande terremoto do leste do Japão
O presidente mundial da IMM falada importância de desenvolvermos um amor que transcende fronteiras e gera gratidão, formando uma corrente capaz de envolver toda a humanidade, e que esta é uma missão que cabe a nós, discípulos de Meishu-Sama.
O grande terremoto que ocorreu na costa leste do Japão, no último dia 11 de março, às 14 horas e 36 minutos, foi a maior catástrofe natural que atingiu o país no pós-guerra; deixando, até o momento (9 de maio de 2011), mais de 24.178 mortos e desaparecidos. Para agravar ainda mais a situação, o abalo provocado nas instalações da usina nuclear de Fukushima fez surgir outro problema gravíssimo: o vazamento de resíduos nucleares radioativos. Não somente a população local, mas pessoas do mundo todo sentiram a grande ameaça que existe por trás da força da Natureza e da energia nuclear.
No início de abril, visitei Sendai e Fukushima – duas regiões muito afetadas pelo terremoto e pelo tsunami – e orei pelas almas de todos que morreram.
Encontrei-me com alguns messiânicos vitimados pela catástrofe e procurei oferecer a eles meu consolo e minha solidariedade. Fiquei emocionado ao ver a maneira como as vítimas dessa tragédia estão se apoiando, umas às outras, tentando manter acesa a chama da esperança e o sorriso no rosto. A postura delas contrasta radicalmente com o estado calamitoso – marcado pelos escombros –, que se instalou em toda parte. Juntamente com esta emoção, surgiram dentro de mim várias reflexões.
Para recebermos o alvorecer
O filósofo alemão Friedrich Hegel, em sua obra “Princípios da Filosofia do Direito”, escreveu: “A coruja de Minerva alça seu voo somente com o início do crepúsculo”. Minerva (Athena, em grego) é considerada, na Roma Antiga, a deusa da sabedoria. Ao seu lado, há sempre uma coruja, sua servidora. Este animal é considerado, na Europa, o ser mais sábio das florestas e, por isso, é o símbolo da sabedoria. Sempre que tinha alguma tarefa a cumprir junto a outros deuses ou aos mortais, Minerva utilizava sua servidora, a coruja. A expressão “o início do crepúsculo” simboliza o final de uma época e, junto com ele, o término da maneira de pensar que a regia. A expressão “A coruja de Minerva” é, portanto, uma metáfora relacionada ao início da mentalidade que prevalecerá na nova era, recebendo o alvorecer.
Pode ser que este grande terremoto seja o “início de um crepúsculo”. Penso assim porque este é o momento para criarmos um novo espírito ou uma nova mentalidade voltada para o amanhecer, reunindo sabedoria e transformando as maneiras de pensar e de viver.
É desnecessário dizer que o processo de purificação ocorre para harmonizar aquilo que se encontra em desarmonia, cujas causas precisamos descobrir em nosso passado e corrigir para que surja uma nova harmonia.
Nós temos condições para isso: o Supremo Deus criou os seres humanos e outorgou-lhes a capacidade de perceber e corrigir os próprios erros. Dar-nos conta disso e tornar real o mundo da harmonia é uma maneira de louvarmos o Poder divino e evidenciá-lo.
Todos os infortúnios têm origem nas ações, palavras e crenças malignas do ser humano
Meishu-Sama nos ensinou o seguinte sobre a causa das calamidades naturais:
(...) quando o sonen (razão-sentimento-vontade) do ser humano está voltado para o Mal, ou seja, na maioria das vezes, quando há muita lamúria, insatisfação, maldições, injúrias, desespero etc., isso se reflete no Mundo Espiritual e paira uma atmosfera um tanto negativa.
A seguir, falarei sobre o espírito das palavras proferidas pelo ser humano, as quais também exercem uma influência muito grande.
São numerosas as palavras que pertencem ao Mal, por exemplo: as maldições, as lamentações, as reclamações, as mentiras etc., maculam o Mundo Espiritual. (...) Quando as máculas aumentam e ultrapassam determinado limite, surge uma ação purificadora natural, a fim de limpá-las e eliminá-las. É o mesmo princípio da limpeza feita pelo homem quando se acumula sujeira no interior e no exterior de uma casa. Chuvas fortes, tufões, trovoadas, enchentes, grandes incêndios, terremotos etc. também são ações purificadoras. Eles varrem, lavam e incineram as impurezas. (...) 2
Em outras palavras, a causa que dá origem à desarmonia são as nuvens espirituais – as “máculas” – originadas dos sentimentos, palavras e ações malignos dos seres humanos. É importante ressaltar que, quando dizemos aqui “seres humanos”, não estamos nos referindo a uma população ou a um povo específico, mas a toda humanidade, a todos que habitam este mundo. Estamos nos referindo a nós mesmos.
Por se tratar de um conceito totalmente diferente do que existe hoje, normalmente não é fácil compreendê-lo. No entanto, entenderemos isto mais facilmente se raciocinarmos tendo como base o aquecimento global provocado pelo efeito estufa, que resulta da enorme quantidade de resíduos gerados diariamente pela humanidade.
Quando a discussão é sobre as causas da alteração climática, costuma-se pensar de duas maneiras: que ela é gerada pela Natureza ou pelo homem. Na Igreja Messiânica, aprendemos que o ser humano faz parte da Natureza e que suas ações (do ser humano) são a causa principal de tudo isso.
Sendo assim, é possível dizer que as calamidades naturais são, na verdade, frutos da corrida obstinada do ser humano em busca da realização dos desejos materiais, de suas práticas econômicas extremamente egoísticas, executadas em nome do desejo de tornar a vida mais confortável, deixando tudo mais rápido, mais claro e mais prático. Isto significa que o sonen não está correto, o que acaba gerando “nuvens”.
“Nuvens” geradas inconscientemente
Devido aos problemas com a usina nuclear de Fukushima Daiichi, a distribuição de energia elétrica foi afetada e, para amenizar a situação, foi implantado um rodízio de apagões em grande parte do leste do Japão, incluindo a província de Shizuoka. Por conta disso, deixei preparada uma vela dessas grandes, no meu apartamento em Atami. No primeiro dia, quando a energia foi cortada, eu a acendi.
Dentro da mais profunda escuridão, comecei a pensar nas pessoas que, além da falta de luz, teriam de conviver também, durante várias noites, com o temor dos terremotos secundários. Senti-me impotente e isso me deu um peso no coração. Por outro lado, aquela pequenina chama da vela, brilhando, trêmula, foi pouco a pouco iluminando o ambiente e criando uma atmosfera serena, que me proporcionou uma imensa sensação de paz.
O apagão estava programado para durar cerca de três horas e meia. Entretanto, pouco mais de duas horas depois, inesperadamente, a energia voltou, e as luzes se acenderam. Num primeiro momento, minha vista ficou totalmente ofuscada e cheguei a tapar os olhos. Pensei: “É muita claridade! É claridade demais!”
Há cinco décadas, quando eu tinha vinte anos de idade, as luzes das casas e das ruas eram bem mais fracas que as atuais. O consumo de energia era um quinto do de hoje e não me lembro de, na época, sentir que não tínhamos iluminação suficiente. Em Nagoya, cidade onde morávamos, podíamos ver as estrelas brilhando no céu. Há belezas que só podemos vislumbrar se estiver escuro. Entretanto, ao longo dos anos, viemos achando que viver com todas as luzes acesas, para ter a máxima claridade, era a coisa mais natural. Porém, na verdade, viemos desperdiçando muita energia, sem ao menos sentir gratidão por ela...
Foi naquele quarto, tomado ainda pelo cheiro de vela apagada, que fiz essas reflexões. Pude pensar em coisas que, em meio à claridade, ainda não o fizera. De certa forma, a escuridão trazida pelo corte de energia me mostrou a ausência de claridade nos sentimentos. Depois que a energia retornou, saí apagando todas as luzes e deixei acesa somente uma.
Tenho a impressão de que, inconscientemente, participamos da produção de “nuvens”. Mesmo que, individualmente, essa quantidade não seja grande, quando as “nuvens” criadas por todos os indivíduos se juntam e se acumulam até certo ponto no mundo invisível, elas se manifestam na forma de grandes purificações, como tufões, terremotos e outras calamidades.
A luz do Bem que dissipa as “nuvens”
Retomando o assunto, para contermos o aparecimento das grandes purificações, não basta adotar medidas para prevenir o surgimento de “máculas”, de “nuvens”. Meishu-Sama nos ensina um método ainda mais positivo, resoluto:
(...) há uma maneira extremamente fácil de eliminar as máculas: basta que a situação se inverta, ou melhor, que os pensamentos, as palavras e as ações do homem se tornem bons. Em outros termos: através do bem, purificar o Mundo Espiritual maculado pelo mal. Nesse caso, o bem transforma-se em luz para eliminar as máculas. (“A tempestade é uma calamidade humana”, 30 de janeiro de 1950 – grifo do editor)
Por ocasião desta grande catástrofe, tanto as vítimas como o próprio Japão estão recebendo incentivo, apoio e ajuda de toda espécie – tanto em doações quanto em trabalhos voluntários – vindos de todo o país e de outras partes do mundo. Essas informações são divulgadas a todo instante pelos jornais, rádio e televisão. Sinto o amor e o lado bom das pessoas, unindo-se e fazendo nascer uma grande onda de luz. Parece mesmo que esta grande purificação veio para nos ensinar o quanto o amor é maravilhoso.
Durante as coberturas feitas pela mídia, diversas vezes ouvimos a palavra “retribuição”. Ao longo dos anos, o Japão sempre veio enviando equipes de apoio e doações a países vítimas de alguma tragédia. Além disso, por meio de seus programas oficiais de apoio a países em desenvolvimento – principalmente aos asiáticos –, veio se dedicando à transferência de recursos e de tecnologia.
No passado, logo após a Segunda Guerra, o Japão recebeu ajuda financeira dos Estados Unidos (cerca de 5 bilhões de dólares) e doações em alimentos e materiais de vários países: Canadá, México, Chile, Brasil, Argentina e outros. Graças a isso, em 1954, o Japão pôde passar para o lado dos países doadores, que desenvolvem programas oficiais de assistência. É como diz o ditado: “Uma mão lava a outra [e as duas lavam o rosto]”.
Dessa forma, o amor que transcende fronteiras gera gratidão, e esta dá origem a mais amor. Isto se torna uma corrente que vai se estendendo ao mundo todo. O Bem se transforma na luz que dominará a escuridão gerada pelo Mal. Levar este grande amor e sua prática ao mundo é a missão de todas as pessoas que clamam pela paz mundial, a começar por nós, messiânicos.
Olhar de frente a “escuridão” do mundo
Para que esta onda de amor surja, antes de mais nada, precisamos cultivar dentro de nós, de uma maneira ainda mais forte, o sentimento do Bem e o amor amplo, o qual não discrimina. Com coragem, devemos encarar a dura realidade do mundo, o sofrimento das pessoas que vivem nele. Precisamos serenar nosso coração e nos manter atentos, para que possamos ouvir a voz dessas pessoas.
A catástrofe trazida pelo terremoto e pelo tsunami ceifou milhares de vidas preciosas e deixou outros milhares em condições difíceis. Entretanto, não podemos deixar de lembrar que, só no Japão, todos os anos, cerca de trinta mil pessoas tiram a própria vida. Triste realidade!
Ao observarmos o mundo, constataremos que são inúmeras as feridas e as mortes causadas por crimes, terrorismo, conflitos étnicos e religiosos, guerras e disputas por territórios e recursos naturais.
No mundo, existem milhões de pessoas necessitando de ajuda. São mais de 25 milhões que sofrem devido a perseguições políticas, conflitos armados, violação dos direitos humanos e calamidades naturais e mais de 190 milhões de crianças desamparadas. O número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza absoluta, chegando à desnutrição, ultrapassa o impressionante número de 840 milhões. Anualmente, cerca de 15 milhões morrem em decorrência da fome. Além da desnutrição, a falta de saneamento básico provoca doenças e tira a vida de um grande número de crianças.3
Se não olharmos de frente a “escuridão” que encobre parte do mundo, não conseguiremos dar o próximo passo. A maioria dos japoneses sentiu de uma maneira muito próxima a grande tragédia que se abateu sobre o país. Ninguém conseguiu pensar que aquilo não tinha nada a ver consigo. Parece-me que as pessoas foram tocadas e passaram a ser movidas pela consciência. Todos sentiam: “Preciso fazer alguma coisa para ajudar as vítimas!” Agora, basta dirigir este sentimento, esta consciência, para o restante do mundo.
No ensinamento “Precisamos ser universais”, Meishu-Sama cita um poema do Imperador Meiji: “Na era em que consideramos todos os povos irmãos – inclusive os de além-mar – por que as ondas e os ventos se enfurecem?” E conclui: “Se todos pensassem assim, se a humanidade tivesse esse sentimento amplo, amanhã mesmo estaria concretizada a paz no mundo.”
Independentemente do país ou da etnia a que pertencemos, se conseguirmos enxergar, sinceramente, todas as pessoas como membros da nossa família, não conseguiremos ficar passivos diante do seu sofrimento. Tenho certeza de que nossa consciência nos impulsionará e seremos impelidos a fazer algo por elas. Porém, dificilmente isso ocorre. Às vezes, até podemos sentir as pessoas como nossos familiares, mas não chegamos a transformar este sentimento em ação. Isto é mesmo uma demonstração da imperfeição humana.
Se nos conformarmos e ficarmos acomodados com esta condição, não conseguiremos nos aproximar do ideal de Meishu-Sama. Todos os seres humanos, sem exceção, são portadores da partícula divina e, por isso, existências ímpares, importantíssimas. É fundamental ter esta consciência e nos empenhar em cultivar dentro de nós o Bem e o amor altruísta.
Para se tornar uma pessoa que ama o mundo
Trata-se do processo para se tornar paradisíaco. Primeiramente, precisamos aprender a amar corretamente a nós mesmos, nossa família, amigos, conhecidos e a todas as pessoas que estão à nossa volta e com as quais temos alguma ligação. O próximo passo é desejar a felicidade dos indivíduos da comunidade, do país e, finalmente, tornar-nos capazes de amar as pessoas do mundo todo. É isto que Meishu-Sama está nos mostrando quando fala sobre nos aproximarmos do que é ser uma pessoa ideal, ou seja, “aquela que faz seu o sentimento de Deus de amar toda a humanidade irrestritamente”.
Para tanto, recebemos de Meishu-Sama o Johrei e os Ensinamentos. A prática de ambos é que fará nosso amor crescer.
Sobre o Johrei, qualquer pessoa que receba o Ohikari poderá ministrá-lo. Ao mesmo tempo, podemos dizer que ele é uma prática nobre, o coração da obra divina. Quando falou sobre os critérios para outorgar o grau de qualificação [sacerdotal] às pessoas, Meishu-Sama mencionou a “força do Johrei”. Isto significa que, de pessoa para pessoa, existe diferença na intensidade do Johrei.
Meishu-Sama nos ensinou que a causa do aparecimento de diferenças na intensidade do Johrei está no sentimento da pessoa que o ministra. Ele disse:
Existe uma grande diferença, dependendo da pessoa que ministra o Johrei. Isto se deve à intensidade da força espiritual de cada um. (...) Quanto mais makoto (amor) a pessoa tiver, maior será sua força. (...) Isto porque tudo se encaminhará de acordo com o seu sentimento. (...) Isto é como a água. Por mais pura que seja, se ela passar por um canal impuro, se sujará. Se o canal for limpo, permanecerá pura.
Ensinou-nos, ainda, que o Johrei tem uma relação intrínseca com a prática do amor altruísta: O Johrei não visa curar doenças; é, antes, um método de criar felicidade. (...) para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méritos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para alcançarmos a felicidade, e nisso reside o profundo significado do Johrei.
Nidai-Sama compôs o seguinte poema:
Os messiânicos devem fazer do Johrei uma
ação horizontal de ministração de amor, e dos
Ensinamentos da Verdade, uma ação vertical.
E ensinou: O pensamento de que a fé se eleva só com o Johrei não é correto, pois acredito que, mesmo que as máculas sejam eliminadas, se os Ensinamentos não forem transmitidos como alimento do espírito e não forem praticados, não poderemos dizer que os benefícios do Johrei se manifestarão adequadamente.
Em suma, para conseguirmos transmitir um Johrei verdadeiramente forte, precisamos elevar e fazer evoluir nosso sonen e nossa alma.
Meishu-Sama nos ensina que, se acumularmos virtudes, “a gratidão do beneficiado torna-se luz, e esta, pelo elo espiritual, é transmitida ao praticante do Bem, aumentando-lhe, consequentemente, a luz”. Assim, além do nosso amor se tornar pleno, ganharemos a confiança e o respeito das pessoas, tornando-nos ainda mais amados por Deus. Não será desse modo que o poder do Johrei se manifestará plenamente?
A mentalidade nova que liberará luz
Como expus anteriormente, o Bem se transforma na luz que dissipa as nuvens. Tanto as palavras e as ações advindas do Bem e da gratidão, quanto os textos – aos quais Meishu-Sama se referiu como “Johrei através das letras” – e a arte de alto nível, todos se transformam na luz que dissipa as máculas.
Em outras palavras, tudo que se liga ao Bem se torna luz. Acredito que, se impregnarmos o sonen de desejar a felicidade das pessoas em tudo que realizarmos –, seja nas doações monetárias ou em espécie, na ajuda humanitária às vítimas de catástrofes, bem como no trabalho profissional, nos afazeres domésticos, no preparo das refeições, nos estudos e nas pesquisas, num sorriso ou na disposição para ouvir os outros – Deus derramará aí Sua Luz e todos – o praticante e as pessoas à sua volta –, serão conduzidos à felicidade.
Embora a salvação da humanidade seja obra Sua,
Deus a realiza através do homem.
Quando, neste poema, Meishu-Sama menciona “homem”, ele não está se referindo somente à mão que ministra o Johrei. Creio que ele esteja fazendo menção ao corpo, ao espírito, às palavras e às ações.
Por que nos empenhamos nas práticas do Johrei e do amor altruísta? Acredito que seja para projetarmos, em nosso coração, o Paraíso que existe no âmago do nosso ser, e termos a permissão de que a vontade de Meishu-Sama de querer salvar o maior número possível de pessoas se realize em nossos corações.
Devemos concretizar isto dentro de nós e, de corpo e alma, transmitir aos que estão à nossa volta, dando-nos as mãos e trabalhando junto com aqueles que possuem o mesmo desejo de salvar a humanidade. Se o número de pessoas assim aumentar, cobrindo toda a Terra, as nuvens se dissiparão e surgirá um Mundo Espiritual belo, sereno e cristalino, no qual o clima e a Natureza se encontrarão em perfeita harmonia. Creio que esta é a mentalidade nova que liberará a luz no “início do crepúsculo”.
Para finalizar, gostaria de deixar claro que não estou dizendo às pessoas que já vêm dando o máximo de si para se esforçarem mais ainda. Àqueles que se encontram em situações difíceis, vítimas de catástrofes e tragédias, basta começar pelo que for possível. Como forma de agradecimento e retribuição ao espírito daqueles que retornaram ao Mundo Espiritual, representando toda a humanidade, vamos nos empenhar juntos na edificação de uma nova época!
1. Texto originalmente publicado na edição japonesa da Revista IZUNOME, nº 89.
2. Ensinamento “O clima e o tempo”, 25/1/1949.
3. Dados extraídos de documentos do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR); da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Declaração dos Objetivos do Milênio (UNMDG), adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas