domingo, 4 de julho de 2010

Dicas de como chegar ao topo do Japão




Como acontece em todos os verões japoneses, o Monte Fuji, a montanha mais alta do país, abre suas trilhas para os aventureiros e curiosos que desejam conhecer e explorar os seus caminhos. O vulcão – que continua ativo, mas está adormecido desde 1707 – atinge em seu topo uma altura de 3.776 metros e recebe visitantes entre os dias 1º de julho e 27 de agosto.


Apesar de não haver muitas restrições para se candidatar à “alpinista do Monte Fuji”, é recomendável seguir algumas dicas de segurança e, principalmente, levar apenas o necessário, já que a subida pode durar até dez horas, fora o tempo gasto na descida – cerca de quatro horas.

Embora a jornada seja longa e cansativa, o vulcão continua atraindo visitantes e existem aqueles que não se contentam em vivenciar a aventura apenas uma vez. “Subi três vezes o Monte Fuji. As duas primeiras nos anos 90 e a última em 2004. Quem não subir pelo menos uma vez na vida não pode dizer que esteve no Japão”, afirma Ayrton Hiramatsu, morador de Hamamatsu (Shizuoka).

Já experiente, Hiramatsu alerta os iniciantes para tomarem cuidado e obedecerem fielmente às trilhas de subida e descida indicadas no mapa. “O caminho que sobe não é o mesmo que desce. Por essa razão, uma vez erramos a descida, pois tínhamos deixado o carro em Fujiyoshida e estávamos descendo para Gotemba. Fomos descobrir o engano já na sétima parada (são dez no total) e tivemos que subir ao topo de novo para reiniciar a descida pela trilha certa”, lembra.

Outra que já encarou diversas vezes os caminhos da montanha foi Grace Oseki, 40, moradora de Komaki (Aichi). Apesar de não ter conseguido chegar ao topo em sua primeira vez, ela não desanimou e enfrentou o desafio em mais três oportunidades. “Percebi que o percurso até o alto do Monte Fuji é um resumo da vida. Você é desafiado a enfrentar as dificuldades e seguir em frente. Treinamos a perseverança e a adaptação, ajudamos e somos ajudados pelos colegas do grupo, além do treinamento físico, de testar seus limites. Quando chegamos lá em cima, não há nada, mas você percebe que todo o esforço valeu a pena. É uma energia diferente”, afirma.

Já Carlos Aécio, 53, de Fukuroi (Shizuoka), destaca que, além da superação física, a vista compensa qualquer esforço. “A subida é bem exaustiva, mas, ao chegar ao topo, você pode ver o nascer do sol da melhor maneira possível: apreciando a paisagem acima das nuvens. E não adianta tirar fotos. É preciso conferir com os próprios olhos”.


Como subir o Monte Fuji

Para escalar o Monte Fuji, os visitantes podem seguir de ônibus até parte do trajeto, onde desembarcam a aproximadamente 2 mil metros de altitude. Antes de chegar ao local, deve-se já ter em mente qual trilha seguir, já que cada caminho parte de diferentes cidades.

-Kawaguchiko

É a rota mais popular e a que oferece uma das melhores estruturas, com várias cabanas espalhadas pelo caminho. É a trilha ideal para ver o nascer do sol, mas fica do lado oposto do ponto mais alto da montanha – ao chegar ao topo, é necessário dar a volta na cratera.
Tempo de subida: cinco horas e meia (três horas para descer)
Como chegar: da estação Kawaguchiko, tomar o ônibus (linha Fuji Kyuko) com destino a Gogome.

-Yoshida

Ideal para quem tem tempo e quer apreciar a natureza. Possui pontos históricos e turísticos. No estágio seis (rokugome), junta-se à trilha de Kawaguchiko.
Tempo de subida: Dez horas (três horas para descer)
Como chegar: da estação Fuji-Yoshida, tomar o ônibus até Gogome.

-Fujinomiya

Segunda mais popular, tem o caminho mais curto. Por isso, é estreita e muito inclinada, com congestionamentos nos dias de pico.
Tempo de subida: cinco horas (duas horas e meia para descer)
Como chegar: das estações Shin-Fuji ou Mishima (linha Tokaido ou trembala), tomar o ônibus até Gogome.

-Gotemba

Tem poucas cabanas e quase não possui vegetação.
Tempo de subida: Seis horas e meia (três para descer)
Como chegar: da estação Gotemba (linha JR Gotemba), tomar o ônibus até Shingogome Fujinomyia.

-Subashiri

A trilha mais usada para descida. O ponto de chegada é o mesmo que o de Kawaguchiko.
Tempo de subida: cinco horas e meia (três horas para descer)
Como chegar: da estação Gotemba (linha JR Gotemba), tomar o ônibus para Subashiriguchi-shingogome (novo estágio cinco de Subashiri).


ipcdigital.com | Foto: Divulgação)

Livro Inochii - Libro Inochii - Inochii Book

Desejo de Felicidade Eterna

Cada indivíduo tem antepassados. A mesma linha ancestral de um indivíduo sobe , os ancestrais mais ele / ela , até que, eventualmente, o número de ancestrais torna-se enorme. Nós não poderiamos ter nascido sem os inúmeros antepassados .
Nosso fundador, Mokiti Okada indica que cada um de nós é constituído por todos os nossos antepassados. Isto significa que as vidas e pensamentos desses ancestrais são continuamente herdados em nossa própria alma , mente e corpo .
Antepassados sempre vigiam os seus descendentes no reino espiritual , e eles esperam que seja dedicada a ajudar as pessoas a fim de tornar o mundo melhor. Se cada um de nós aceita a orientação de nossos antepassados e se esforça para nos dedicar a ajudar os outros , vamos partilhar e desfrutar com eles a Luz de Deus , e pode ser guiado para a felicidade eterna.
No Santuário Ancestral no Solo Sagrado de Atami , ancestrais estão consagrados através de arquivos , não só dos membros , mas também muitos não- membros, e um serviço memorial é respeitosamente realizada todos os dias. Se você estiver interessado , por favor, pergunte no Johrei Center mais proximo.



Deseo Felicidad Eterna

Todas las personas tienen antepasados. Cuanto más largo de la línea ancestral de un individuo sube , los antepasados más que él / ella tiene , hasta que, finalmente , el número de los antepasados se convierte en enorme. No hemos podido nacer sin los innumerables antepasados .
Nuestro fundador, Mokichi Okada indica que cada uno de nosotros consiste en todos nuestros antepasados. Esto significa que las vidas y pensamientos de estos antepasados están continuamente heredado en nuestra propia alma , la mente y el cuerpo.
Ascendientes vele siempre sobre sus descendientes del reino espiritual , y esperan que se dedicará a ayudar a las personas con el fin de hacer un mundo mejor . Si cada uno de nosotros acepta la orientación de nuestros antepasados y se esfuerza por dedicarnos a ayudar a los demás , vamos a compartir y disfrutar con ellos la Luz del Dios, y puede ser guiado a la felicidad eterna.
En el Santuario Ancestral en el suelo sagrado de Atami , los antepasados están consagrados a través de archivos , no sólo de los miembros , sino también muchos que no son miembros , y un servicio conmemorativo se celebrará todos los días con respeto . Si usted está interesado , por favor pregunte a su más cercano Centro de Johrei .



Wish Eternal Happiness

Each individual has ancestors. The further along the ancestral line an individual ascends, the more ancestors he/she has until, eventually, the number of ancestors becomes enormous. We could not be born without those innumerable ancestors.
Our founder, Mokichi Okada indicates that each of us consists of all our ancestors. This means that lives and thoughts of these ancestors are continuously inherited into our own soul, mind and body.
Ancestors always watch over their descendants from the spiritual realm, and they expect us to be dedicated to helping people in order to make the world better. If each of us accepts the guidance of our ancestors and strives to dedicate ourselves to helping others, we will share and enjoy with them the Light of the God, and can be guided to eternal happiness.
At the Ancestral Shrine in the Sacred Ground of Atami, ancestors are enshrined through files, not only of members but also many non-members, and a memorial service is respectfully held everyday. If you are interested, please ask at your nearest Johrei Centre.


Sucesso dos kaitenzushi

Há restaurantes que servem de 50 a 120 variedades



Com meio século de história, o sushi servido em esteira rolante (kaitenzushi) já faz parte do cotidiano dos japoneses. Segundo uma estimativa, há cerca de 4 mil restaurantes desse tipo no Japão, que movimentam quase ¥ 500 bilhões por ano. Mas nem todos adotam a mesma política de servir comida rápida e econômica. “O mercado diversificou-se nos últimos anos. A nova tendência é unir sushi de alta qualidade e preço acessível”, define o crítico gastronômico Nobuo Yonekawa, autor do site Kaitenzushi Paradise.

Na opinião de Yonekawa, os restaurantes do gênero podem ser classificados em quatro tipos. Há os “econômicos”, que servem tudo por ¥ 100, os “divertidos”, que tentam entreter os clientes com performances dos sushimen e pratos criativos. Já os restaurantes que “valorizam os ingredientes” tentam diferenciar o cardápio por investir mais nos peixes frescos. Por último, as casas consideradas sofisticadas oferecem boa comida e ambiente aconchegante.

Um dos pioneiros dessa última modalidade é o Kanazawa Maimon Zushi. “A idéia era criar um novo tipo de kaitenzushi para servir boa comida, como nas casas tradicionais, só que por um preço mais baixo”, lembra o presidente da empresa M&K, Koji Kinoshita, que inaugurou o primeiro ponto da rede em Kanazawa (Ishikawa) em 99. Sua estratégia de investir na qualidade e na variedade dos peixes deu certo e serviu de modelo para outros empresários.

Segundo Kinoshita, existem duas correntes opostas, hoje, no mercado. De um lado, estão as redes que comercializam todos os pratos por ¥ 100, barateando o custo por importar grande quantidade de ingredientes congelados da China e dos países do Sudeste Asiático. Do outro, estão as empresas que procuram reunir os produtos do mar frescos que chegam aos portos nacionais. “Esse novo segmento do mercado não é atraente para as grandes redes, que querem manter o cardápio fixo com tarifa baixa. Para elas, não é vantajoso usar os produtos do mar frescos, já que os preços destes oscilam muito”, explica.

Nos restaurantes convencionais com esteira rolante, o cardápio traz em torno de 50 tipos de sushi. No Kanazawa Maimon Zushi, é possível encontrar mais de 120 varidades. “E mais de 70% são de peixes frescos”, ressalta Kinoshita. Há vários pratos que custam mais de ¥ 400 e os clientes gastam em média ¥ 2,8 mil [à noite, nos dias de semana], quase ¥ 1 mil a mais do que nas redes econômicas.

Além da grande variedade, a casa mantém vários sushimen trabalhando no balcão no preparo de pratos na hora, após receber os pedidos. Nas redes econômicas, os bolinhos de arroz usados no sushi são feitos, geralmente, por máquinas e os “cozinheiros” apenas acrescentam a fatia de peixe ou outro ingrediente por cima.

Apesar do preço relativamente salgado, o restaurante faz sucesso entre os que preferem pagar mais e comer sushi de alta qualidade. O Kanazawa Maimon Zushi, em Yokohama (Kanagawa), por exemplo, recebe mais de mil clientes nos fins de semana. Nesses dias, no horário de pico, é preciso encarar uma fila e esperar de uma a duas horas para entrar.

Outro grande diferencial da casa, em comparação com as redes de ¥ 100, é o ambiente aconchegante. “Aqui, os clientes podem ficar mais à vontade sem pressa”, conta Kinoshita. Além do balcão com esteira rolante, o restaurante possui mesas e salas privadas, que são usadas até para reuniões de negócios.


Mito ou verdade

Os pratos avançam 4 cm por segundo? Conforme várias reportagens sobre kaitenzushi, essa é a velocidade média das esteiras rolantes utilizadas nos restaurantes, e é considerada ideal para o cliente ver os pratos e escolher o que quiser. Mas a velocidade pode variar de acordo com a rede, ou a região. “No geral, na região de Kansai, é um pouco mais rápido”, conta Yonekawa.

Embora não haja explicação concreta sobre essa diferença, ele desconfia que tenha a ver com a mentalidade do povo de Kansai. “Os donos dos restaurantes de lá devem pensar que velocidade maior ajuda a aumentar a venda.”

O usuário pode ajustar para que lado a esteira irá rodar, assim como a velocidade, segundo explica Takanobu Tokuno, da Japan Crescent, a maior fabricante de equipamentos de kaitenzushi. “Não existe um padrão recomendado por nós. A maioria dos restaurantes adota o sentido horário para a direção da esteira, mas há exceções”, diz.


Como surgiu o sistema

O kaitenzushi na esteira rolante nasceu em Osaka em 1958. Foi uma invenção do dono do Restaurante Genrokuzushi, Yoshiaki Shiraishi, que se inspirou na esteira utilizada na linha de produção de uma cervejaria. O mercado começou a crescer rapidamente após 1978, quando a validade da patente expirou, permitindo a entrada de outras empresas.

A moda pegou e a palavra kaitenzushi foi incorporada até no dicionário Kojien (o Aurélio para os japoneses) em 1991. A maior companhia do mercado hoje é a Kappa Zushi, famosa por comercializar todos os pratos por ¥ 105 (com imposto incluso). Ela possui uma rede de 300 restaurantes espalhados em todo o país e tem faturamento de ¥ 60 bilhões por ano.

Kakigoori, a raspadinha japonesa

CURIOSIDADE

O dia 25 de julho é o Dia do Kakigoori, registrado pela Associação de Kakigoori do Japão.



Doce é a atração do verão no arquipélago e popularmente servido em festivais realizados em santuários e templos

O kakigoori é o elemento fundamental na cena do verão japonês. Trata-se de um doce feito de gelo e xarope, conhecido em algumas regiões do Brasil como raspadinha. Nas lojas que vendem o kakigoori, há sempre um estandarte escrito koori (gelo). Esse doce gelado é tão comum nos festivais realizados em santuários e templos quanto o takoyaki e o yakissoba.

A primeira aparição do kakigoori na história foi em Makurano-Soushi, livro escrito por Sei Shonagon. Em 1869, a primeira loja de kakigoori foi aberta em Yokohama, Kanagawa. Essa loja foi também a primeira loja a vender sorvete no Japão. No início da Era Showa (1926-1989), as máquinas de kakigoori divulgaram-no em todo o arquipélago.

Enquanto a tecnologia não era suficiente para fabricar gelo, a criatividade se fazia necessária na conservação do gelo produzido naturalmente durante o inverno. No Japão, surgiu um utensílio para esse fim, conhecido como himuro. Não existem registros escritos a respeito disso, mas conta-se que o gelo era cortado e colocado em um buraco, ou em cavernas, e sua temperatura era mantida com uma cobertura de palha. Com isso, o gelo era um artigo precioso no verão e consumido apenas por autoridades, a casa imperial e o governo militar.

Na Era Edo (1603-1867), existia o costume de oferecer o gelo do feudo Kaga (atual Toyama e Ishikawa) para governo central de Edo.

Tipos de kakigoori

• Xaropes

- Ichigo (Morango): vermelho
- Meron (Melão): verde
- Remon (Limão): amalero
- Blue Hawai: azul
- Mizore (água com açúcar): sem cor
- Rainbow: vários xaropes juntos.

• Kakigoori com sorvete

• Ujikintoki

Coloca-se xarope de chá verde de Kyoto, açúcar e azuki (doce de feijão)

Os eventos anuais e sua origens

Nipônicos festejam acontecimentos característicos de cada estação


O calendário de eventos anuais do Japão é uma das maneiras de se perceber como os japoneses valorizam a tradição. Com isso, distingue-se as comemorações anuais em dois grupos: o kokumin no shukujitsu (feriados nacionais) e o nenchugyôji (calendário de eventos anuais). Este, mais cultural, abrange desde os eventos comuns no mundo inteiro, como o ano-novo (Oshogatsu), Dia das Crianças (Tango no Sekku), Finados (Obon), até os mais característicos nipônicos, como o Tanabata, o Shichi-go-san, Hana matsuri, entre outros (veja quadro).

Algumas comemorações do calendário nenchugyôji remontam aos tempos antigos, como o Tanabata (Festival das Estrelas). De origem chinesa, esse festival já participava do calendário de eventos da Era Heian (794~1185). Outra comemoração realizada no passado, mas que, com o passar do tempo, ficou restrita ao mês de fevereiro, é o setsubun. Antigamente, o setsubun (Cerimônia para semear grãos de soja) marcava a passagem das estações do ano, porém, atualmente, marca somente a chegada da primavera. Além dessa, o Tango no Sekku (Dia das Crianças) também remonta à Antiguidade e, embora seja considerado o Dia das Crianças hoje, era, a princípio, voltado apenas para os meninos. Entretanto, o símbolo continua o mesmo: na referida data, costuma-se hastear os koinobori (flâmulas de papel ou pano em forma de carpa), confeccionados pelas famílias que possuem um menino, representando sorte e boa saúde aos garotos. Escolheu-se a carpa devido à sua capacidade de vencer obstáculos naturais.

A maioria dos eventos anuais está ligada à admiração dos japoneses pela natureza. Com estações do ano bem definidas, o seu povo costuma festejar um acontecimento característico de cada estação.


JANEIRO – 1º/1
Oshogatsu: é com a saudação “Shin’nen akemashite omedetou gozaimasu” que os japoneses celebram o oshogatsu, isto é, o ano-novo. Neste dia, os correios entregam os nengajô (cartões de felicitação) a seus destinatários, os pais entregam aos filhos os otoshidama (presente em dinheiro) e são preparadas comidas típicas como o ozouni. Na virada do ano-novo as famílias fazem o hatsumôde, isto é, a visita a um templo xintoísta ou budista durante o ano-novo.


FEVEREIRO – 3/2 ou 4/2
Setsubun: dizendo a frase “Fuku wa uchi! Oni wa soto!” os japoneses simbolicamente semeiam grãos de soja no interior das residências para afugentar os maus espíritos e chamar a boa ventura. A tradição remonta a um hábito da família imperial chamada tsuina, que ocorria na véspera do equinócio de primavera. Atribui-se ao vigor da soja, que cresce rapidamente, o poder de espantar os maus espíritos.


MARÇO – 3/3
Hina Matsuri: também chamado de momo no sekku, o hinamatsuri (Festival das Bonecas) é a data festiva para pedir o crescimento saudável e feliz das filhas. Na Era Heian, as famílias da nobreza japonesa iniciaram a prática do nagashibina, isto é, faziam bonecas simples e as depositavam nos rios e nos mares, pedindo que levassem consigo as doenças e os males que estivessem destinados às meninas. Entretanto, as crianças da família imperial passaram a brincar com bonecas mais elaboradas que, em pouco tempo, tornaram-se tão complexas que começaram a enfeitar os aposentos. A partir da Era Edo são montados os hinadan, estrados com vários andares sobre os quais são dispostas as bonecas.


ABRIL – Início de abril
Ohanami: uma das árvores mais tradicionais do Japão é o sakura, (cerejeira), cujas floradas são apreciadas pelos japoneses. Para tanto, há até um calendário oficial com a previsão da floração em cada região do país. Esse costume também surgiu na Era Heian, quando os nobres se reuniam sob as cerejeiras para compor poemas e cantar. Essa tradição chegou à população durante a Era Edo e, desde então, são realizados piqueniques e eventos diversos sob a “chuva de pétalas de sakura”. Nesta mesma época, no dia 8 de abril, é comemorado o aniversário de Buda (hana matsuri).


MAIO – 5/5
Tango no Sekku: este festival, conhecido como Dia das Crianças, era realizado exclusivamente para pedir o crescimento saudável dos filhos do sexo masculino, mas após a Segunda Guerra Mundial, ganhou conotação mais ampla. Na Antiguidade, esta data era comemorada na China como o dia da prevenção contra os males. Como parte dos rituais, eram colhidos os shôbu (iris laevigata) para se preparar banhos aromáticos. No Japão feudal, esse costume ganhou maior importância porque o nome dessa planta, em japonês, tem o mesmo som da palavra “batalha”. Assim, os samurais acreditavam que as folhas desse vegetal trariam vitória e sorte.


JUNHO – 1º/6 e 1º/10
Koromogae: conforme a mudança climática, hoje, os dias 1º de junho e 1º de outubro, são as datas para a troca de roupas e uniformes dos japoneses, com modelos de verão e de inverno. Na Antiguidade japonesa, os quimonos de verão eram vestidos a partir do dia 1º de abril; e os de inverno, a partir do dia 1º de outubro. Já na Era Edo, a data passou a ser 9 de setembro. Ainda hoje, o koromogae pode ser visto na troca dos uniformes de estudantes, bancários, motoristas de ônibus, policiais, etc.


JULHO – 7/7
Tanabata: conhecido como “Festival das Estrelas”, tem sua origem na celebração do deus da água (Mizu-no-Kami) no dia 7 de julho. Nesta data, as tecelãs chamadas de tanabatatsume dedicavam-se a tecer, por uma noite a fio, um pano como oferenda para proteção contra doenças. Na China, na mesma data, acontecia algo semelhante. As tecelãs pediam habilidade na tecelagem e no bordado à estrela tecelã Vega, separada pela via-láctea de seu amante Altair. Essas estrelas só podem ser vistas juntas no Hemisfério Norte na noite de 7 de julho. Na Era Edo iniciou-se o costume de escrever poemas e pedidos nos cartões chamados tanzaku, que são pendurados em ramos de bambu.


AGOSTO – 13 a 15/8
Obon: O discípulo de Buda chamado Mokuren tinha o poder de vislumbrar o mundo dos mortos, onde descobriu a condição sofrida por sua mãe. Ele consultou Buda, que o instruiu a reunir um grande número de monges para fazer a maior oferenda possível a fim de salvá-la. Mokuren teria iniciado a dança que ficaria conhecida como Bon Odori, tornando-se o principal culto aos antepassados. Entre os dias 13 e 15 de agosto, acende-se o fogo sagrado (mukaebi) em frente às residências ou às margens dos rios para acolher as almas.


SETEMBRO – Fim do mês
Otsukimi: No fim do mês de setembro, a lua apresenta-se ainda mais pujante no Hemisfério Norte. Em agradecimento às boas colheitas, os japoneses ofereciam os frutos do penoso trabalho no campo à lua. Porém, o otsukimi não se restringia aos camponeses. A família imperial também apreciava a lua, enquanto seus membros cantavam ao som do koto e do shakuhachi.


OUTUBRO
Kaminazuki: o mês de outubro é conhecido pela ausência de divindades. Segundo a tradição xintoísta, neste mês, os deuses se reúnem no Grande Santuário de Izumo, sudoeste do Japão, dedicado à divindade Ôkuninushi-no-Mikoto e, por isso, não há motivo para festividades.


NOVEMBRO – 15/11
Shichi-go-san: é a visita aos santuários xintoístas das crianças de 3, 5 e 7 anos, em agradecimento pelo crescimento até então saudável, pois, antigamente, a taxa de mortalidade infantil era alta. Na Era Edo, o shichi-go-san passou a ser reconhecido como um ritual de passagem.


DEZEMBRO – 31/12
Toshikoshi: é a comemoração do último dia do ano. Nesta data se faz o ôsôji, isto é, a limpeza das casas japonesas. Este ritual também é chamado de susuhaki. São preparadas as refeições típicas da véspera do ano-novo.

Tanabata

A Lenda que deu origem à comemoração




















Uma lenda japonesa conta a origem do festival Tanabata:

Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a "Princesa Tecelã".

Certo dia Tentei o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o "Pastor do Gado" (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.

Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data.

Na mitologia japonesa, este casal é representada por estrelas situadas em lados opostos da galáxia, que realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Kengyu).

A celebração
O festival que celebra esta história de amor teve início na Corte Imperial do Japão há cerca de 1.150 anos, e lá tornou-se feriado nacional em 1603.

Atualmente o Tanabata é uma das maiores festas populares do Japão. É realizado em diversas cidades, o mais tradicional é o de Miyagui, que se realiza em agosto, aproveitando as férias de verão das escolas japonesas.


No Brasil

No Brasil o primeiro festival Tanabata foi realizado na cidade de Assaí no Estado do Paraná no ano de 1978.


O Festival das Estrelas

Com o nome de "Festival das Estrelas", o Tanabata Matsuri é realizado na cidade de São Paulo, na Praça da Liberdade, no mês de julho, desde 1979.

Esta é a principal comemoração anual do bairro, incluída no Calendário Turístico do Estado e do Município de São Paulo:

-as ruas a praça são decoradas com grandes ramos de bambu ornamentados por enfeites de papel colorido que simbolizam as estrelas;

-tanzaku, pequenos pedaços de papel onde as pessoas colocam seus pedidos, são pendurados nesses bambus;

-são realizados também apresentações de tambores Taikô, danças folclóricas e shows de cantores.


Em 1994 o Festival Tanabata também foi introduzido no calendário oficial de eventos de Ribeirão Preto - SP no Parque Municipal do Morro do São Bento.