sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Palestra do Mês




Culto Mensal de Agradecimento

Solo Sagrado de Guarapiranga

5 de dezembro de 2010

Rev. Hidenari Hayashi




Bom-dia a todos!

Em primeiro lugar, quero parabenizar os senhores pela sincera dedicação em prol da expansão da Obra Divina no Brasil.

Acabamos de ouvir a maravilhosa experiência da missionária Alda Cecília, que, por meio de sua profunda fé no Johrei e no Messias Meishu-Sama, conseguiu ultrapassar todas as barreiras de sua deficiência visual, dedicando-se incansavelmente à felicidade de seu próximo.

No mês passado, o revmo. Watanabe nos agraciou mais uma vez com sua preciosa orientação, e o tema foi justamente a superação dos sofrimentos por meio da gratidão, como um dos caminhos para nos tornarmos modelos de homens paradisíacos. Ele explicou que, para conseguir agradecer quando está em meio a sofrimentos, realiza três práticas:

1.Primeiro, ele tenta não ficar preso ao sofrimento. Procura olhar para outras coisas para achar sementes de gratidão, ou seja, motivos para agradecer.


2.Em segundo lugar, agradece pelo sofrimento, pois tudo são formas de purificação.


3.Por último, se empenha em eliminar as máculas por meio da prática do altruísmo.
E a experiência da senhora Alda se encaixou perfeitamente nessa orientação. Ela ilustrou claramente como é possível dirimir o sofrimento, servindo à Obra Divina e sem ficar preso ao mesmo.

Quando soube da experiência dela, fiquei muito emocionado, pois tentei imaginar o quanto deve ter sido difícil para ela, ainda criança, perceber que estava perdendo a visão.

Entretanto, sua salvação ocorreu quando ela encontrou o Johrei, a Luz do Messias Meishu-Sama. Mesmo sabendo que sua visão não voltaria ao normal, ela se empenhou de forma positiva e ultrapassou todas suas dificuldades.

Ela relatou que, apesar de possuir apenas 4% de visão, ainda tinha 100% de paladar, de olfato, de tato, de audição e de memória, suficientes para auxiliá-la a servir na Obra Divina. Consequentemente, entendeu que não precisava ser 100% perfeita fisicamente, para participar da Obra de Meishu-Sama.

Constatei, nessas suas palavras, o quanto, às vezes, reclamamos de coisas tão pequenas...

Quem acredita na salvação de Meishu-Sama, sabe que ser salvo não é só resolver o próprio problema: é, antes de tudo, ter a permissão de participar da Obra de Salvação de outras pessoas.

A missionária Alda concluiu: “Meishu-Sama continua mantendo os meus 4% de visão, e eu não me canso de agradecer, pois, mesmo com a visão limitada, ele me aceitou na sua Obra e vem me utilizando todos os dias da minha vida como seu fiel instrumento.”

Ela é, realmente, um grande modelo de superação! E mais do que isso, é também um exemplo vivo do verdadeiro espírito de servir, que, certamente, todos nós precisamos manter em nossos corações.

Tenho certeza de que Meishu-Sama está lhe dizendo: “O Paraíso está aí!”

Como preparação para o Culto do Natalício, que será realizado no próximo dia 19, vamos oferecer nosso servir e nossa gratidão a Meishu-Sama, para podermos ganhar muitos “O Paraíso está aí”, como fez a missionária Alda.

Muito obrigado e boa missão a todos!

Ensinamento do Mês

DEUS DIRIGE O TRABALHO DE EXPANSÃO DA IGREJA


Como o objetivo da nossa Igreja é a construção do Paraíso Terrestre, cada um de nós deve primeiramente criar o Paraíso no seu próprio lar. Para isso, cada um deve tornar o seu espírito paradisíaco. Ter espírito paradisíaco significa não ter nenhum sofrimento. Assim, se a afobação é um sofrimento, sofrer porque as coisas não correm a contento também é uma situação infernal. Portanto, devemos no mínimo livrar-nos do sofrimento. Para isso, a melhor maneira é dirimi-lo através do sentimento de gratidão, ou seja, não criar o inferno dentro do coração. Devemos atentar para o fato de que as religiões até hoje consideraram o sofrimento como algo benéfico. Existem até aquelas que chegam a procurar o sofrimento. (...) Como os homens comuns têm esse fato gravado na mente, ainda que se tornem membros da nossa Igreja, não conseguem se desligar dessa idéia.

Tudo que escrevi acima é porque o mundo se encontrava na Era da Noite, isto é, o mundo era infernal. Por esse motivo, ainda que a pessoa se tornasse um exemplar seguidor da fé, não conseguia escapar do sofrimento infernal. Agora, entretanto, como a Noite está se despedindo, e o mundo está se tornando Dia, a nossa Igreja é que dará a orientação quanto à construção do Paraíso Terrestre. Com esse objetivo, devemos nos esforçar para construir o Paraíso dentro dos nossos corações, para que o inferno não tenha oportunidade de aí se instalar.

Meishu-Sama em 12 de março de 1952

Extraído do Livro O Pão Nosso de Cada Dia (trechos)

Experiência de Fé

Bom-dia!

Meu nome é Alda Cecília de Oliveira Martins Takassaki, sou do Johrei Center Paranaguá, no estado do Paraná.
Sou messiânica há mais de 22 anos e, atualmente, dedico como assistente de ministro no Johrei Center Paranaguá e como responsável do Núcleo de Johrei na cidade de Morretes.
Hoje, gostaria de contar aos senhores meu encontro com Meishu-Sama e a realização de um grande sonho.
Ao entrar na escola aos sete anos de idade, sofri mudanças de comportamento: tornei-me chorona, medrosa, esbarrava nos colegas, tropeçava nas carteiras e copiava, com muita dificuldade, as tarefas no quadro.
Dois anos mais tarde, a professora pediu à minha mãe que me levasse com urgência ao oftalmologista, pois ela observou que, a cada dia, eu enxergava menos. Assim, em busca de retardar a evolução da doença, meus pais recorreram a todo tipo de tratamento: remédios, benzimentos, cirurgias espirituais. Foram momentos de angústia, de dor e de medo, uma vez que não sabíamos do que se tratava. Os médicos não identificavam a causa e não sabiam como tratar os efeitos.
Após 10 anos de luta, aos 17 anos, foi diagnosticada com perda de 96% da visão. Tratava-se de uma doença congênita, degenerativa, progressiva e irreversível muito rara chamada Síndrome de Stargardt, que destrói todas as células da retina, causando a cegueira total.
Perdendo a visão, ano após ano, eu não me conformava, não queria ficar cega. Tinha sonhos a concretizar: queria fazer faculdade, dirigir carro, andar de moto, viajar, casar... E, então, no último laudo, o médico disse que, em três meses, eu ficaria cega, pois só me restavam 4% da visão periférica, já que o centro da retina estava morto e cicatrizado.
Eu já estava no último ano do magistério e, naquele dia, quando o doutor me desenganou, fiquei desesperada, indignada, sem saber o que fazer. Tinha prova de português e não conseguia parar de chorar.
Foi quando uma colega de sala que era messiânica, me acalmou e me convidou para receber Johrei. Ela disse que tudo o que eu estava passando era um processo purificador e que, um dia, eu iria entender, mas, que agora, eu precisava ir à casa de Johrei para receber essa energia.
No começo, relutei. Em casa, contei o ocorrido à minha mãe, que me incentivou, dizendo: “Já que a medicina nada pode fazer, Deus está abrindo outra porta. Não perca a esperança jamais”.
Talvez essa fosse minha única e última chance. Em 28 de novembro de 1987, comecei a frequentar a Casa de Johrei Santo Antonio de Jesus, no recôncavo baiano onde morávamos, e a responsável dessa casa de Johrei me deu a tarefa de receber, durante três meses, 10 Johrei por dia.
Segui obedientemente a orientação e, aos sábados e domingos, ia à casa dos membros pedir Johrei, pois a Igreja não abria nos finais de semana e eu precisava receber meus 10 Johrei.
Após 30 dias, estava mais animada e recebi outra tarefa: agradecer os 4% de visão e parar de lamentar os 96% perdidos. Com essa postura, encaminhei meus pais. Eles recebiam diariamente um ou dois Johrei, e eu mantinha meu espírito de busca.
Comecei a me envolver na Obra achando que, por trás de meu sofrimento, Deus estava me reservando uma grande surpresa. Eu pedia para os dedicantes lerem os jornais messiânicos para mim. Em casa, minha mãe e minha irmã também liam os Ensinamentos, que eu pedia emprestados dos membros.
Após 90 dias de recebimento de Johrei, eu me sentia leve, esperançosa e queria ser útil, aprender a servir. Voltei ao oftalmologista, que ficou surpreso ao me ver, uma vez que eu não estava cega! Ele não sabia explicar o porquê. Ali, tive a convicção de que Deus e Meishu-Sama me haviam salvado por meio do Johrei. Expliquei o Johrei ao médico, que me disse: “Continue indo em direção a essa Luz! Também acredito em milagre!”
Ao retornar a casa, eu e minha mãe reconhecemos o tamanho da graça: eu tinha 4% de visão, 100% de audição, 100% de paladar, 100% de olfato, 100% de tato e 100% de memória, e todos eles poderiam servir na Obra de Meishu-Sama.
Então, tomei a decisão mais importante da minha vida e, em 27 de março de 1988, recebi o Ohikari. No mês seguinte, foi a vez de meus pais e irmãos. Nessa época, eu já entendi que não precisava ser perfeito para participar dessa grandiosa Obra.
Hoje, passados 22 anos, Meishu-Sama continua mantendo os 4% de visão e eu não me canso de agradecer já que, mesmo com a visão limitada, ele me aceitou em sua Obra e vem me utilizando todos os dias da minha vida como seu fiel instrumento.
Como gratidão eterna a Meishu-Sama, em 20 anos de vida missionária, tive a permissão de dedicar 12 anos no Recôncavo Baiano, na recepção, no servir, no atendimento às pessoas de primeira vez, na liturgia, no setor de ensino e como braço direito de três ministros na Bahia.
Participei da construção de Guarapiranga e de conferências de jovens; fiz aprimoramentos em Salvador sob a orientação do Rev. Francisco e lecionei em uma escola particular durante 10 anos.
Mesmo trabalhando, procurei manter o espírito de busca e a sede de aprender para melhor servir.
Com isso, muitas pessoas que se propuseram a ler para mim, foram facilmente encaminhadas e outorgadas, pois crescíamos juntas.
Em 1999, recebi a tarefa de retornar à cidade dos meus antepassados, em Antonina, no Paraná, para fazer difusão. Então, aceitei a nova missão e, em 2000, ganhei a permissão de dedicar como responsável do Johrei Center Paranaguá.
Em 2003, fui agraciada com o casamento e fui morar em Antonina. Nesse período, iniciei cursos para especialização em massoterapia, visto que desejava voltar a trabalhar. Tinha minha casa e desejava ajudar meu marido nas despesas domésticas.
Em 2005, inauguramos o Núcleo de Johrei Morretes e minha clínica de massagens. Eu me formara em 18 cursos: desde gessoterapia redutora até argiloterapia, além de outras terapias que ajudam a melhorar as pessoas física e mentalmente. Ministro também Johrei aos meus clientes. Assim, em meu trabalho, consigo dedicar no encaminhamento, e quatro pessoas que atendo já foram outorgadas.
Graças a Deus, tenho mais de 30 clientes fixos e uma lista de espera com pessoas que querem fazer massagem comigo.
Tenho uma vida normal, com bastante alegria, muitas atividades e a ajuda de muitas pessoas. Meus familiares dedicam na Bahia com a mesma intensidade: minha mãe, na ikebana; meu pai, na locução dos cultos, e meus irmãos, no plantão de Johrei.
Este ano fui indicada para participar do Programa de Formação Nível 4 em Curitiba e, com planejamento, organizo meu tempo para estudar, dedicar, trabalhar e cuidar da casa.
Entretanto, ainda faltava algo: eu precisava agradecer ao Messias Meishu-Sama, num nível maior, encontrar-me com ele, buscar sua força, senti-lo na sua origem, isto é, no Japão.
Em setembro de 2010, ganhei a permissão de peregrinar aos três Solos Sagrados: foi a concretização de um sonho e a renovação da minha aliança com Deus, Meishu-Sama e meus
antepassados. E ainda, tive a grande permissão de fazer este relato no Altar do Solo Sagrado de Atami, no Culto de Outono.
Durante dois anos, preparei-me financeira e espiritualmente, para agradecer a Meishu-Sama por manter meus 4% de visão e aprendi que o servir está acima de tudo, das dificuldades, da deficiência e de qualquer problema.
Antes de conhecer essa Obra maravilhosa, o foco era nos 4% de visão. Hoje, o foco é o servir. Por essa razão, meu sofrimento passou a ser motivo para me aproximar de Deus e de Meishu-Sama.
Meishu-Sama fala da força de 1% que muda 99%, e eu tive a oportunidade e permissão de receber 4%, que mantêm minha fé em 100% até hoje!

Muito obrigada, Messias Meishu-Sama!