quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Perdoar faz bem ao coração


Pedir perdão é demonstração de humildade, é a atitude que reflete a mudança de sentimento e proporciona a paz de espírito e a saúde do coração.


Um estudo chamado “Perdão e Saúde Física”, realizado pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, identificou que, quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgem no decorrer da vida, evitando doenças cardíacas. Da mesma forma, pesquisas realizadas pela Universidade Estadual de Idaho, também nos Estados Unidos, ligaram o perdão a uma queda na pressão sanguínea e no nível de cortisol, resultante de uma resposta do corpo ao estresse.

Fred Luskin,doutor em aconselhamento clínico, descreve o perdão como uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto consigo mesmo.

Para ele, perdoar significa tocar a vida para frente, tornar-se responsável pelos seus sentimentos e deixar de ser vítima das situações dolorosas. Além disso, é um caminho para se reconectar com a intenção positiva. “Significa mudar sua história, tomar melhores decisões e ser conduzido a uma vida mais saudável e feliz”, declara.

Frequentemente, passamos por situações que nos causam sofrimento, provocadas por amigos, cônjuges, familiares ou sócios e, por não termos conseguido o que queríamos, ficamos magoados e rancorosos. “Ao guardar ressentimentos, ao culpar os outros ou ao apegar-se a mágoas, a vida pessoal e profissional fica desorganizada, tomam-se decisões equivocadas e liberam-se no corpo substâncias químicas associadas ao estresse, levando à frustração, à desesperança, a relacionamentos conturbados e a problemas de saúde”, afirma Luskin. Autor de O Poder do Perdão, mostra que podemos cicatrizar as feridas que já possuímos, identificar a maneira pela qual criamos uma mágoa e, desse modo, limitar a quantidade de ressentimentos que desenvolveremos no futuro. Ele ainda esclarece que, quando refletimos sobre um sofrimento, o organismo reage como se estivesse em perigo e ativa o que se conhece como a reação de lutar ou fugir. “Lidar com sofrimentos, ofensas e desapontamentos é um aprendizado”, continua.

Meishu-Sama explica que assim como os sentimentos positivos, os negativos também chegam até as pessoas pelos elos espirituais e, certamente, podem atrapalhar suas vidas: “Ficamos mal-humorados, perturbados e não podemos desempenhar corretamente nossas tarefas; nessas condições o sucesso é impossível”.
Até mesmo o relacionamento entre pessoas e grupos fica ameaçado quando determinados sentimentos, palavras e atitudes ferem seus valores. Quando isso acontece, em alguns casos, vínculos de consanguinidade e laços de amizade podem estremecer, provocando mágoa e ressentimento.
Assim, muitas vezes, achamos que o mundo e as pessoas à nossa volta estão errados e sofremos. Contudo, o problema está sempre dentro de nós mesmos. Se quisermos ultrapassar um obstáculo, precisamos descobrir o ponto interior que deve ser mudado.



Cuidar do coração começa por cuidar dos sentimentos. E, para saber como está a saúde do seu coração, vale a pena uma reflexão sobre quais sentimentos você está cultivando dentro dele.



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Por Adriana Petrov Rodarte

Aprender brincando a ser feliz !



Brincar aguça a sensibilidade e proporciona a base que permite à criança perceber o sentimento do próximo e a existência de Deus.



Emprestar o lápis, dar o brinquedo, pegá-lo de volta, trocar a figurinha, destrocá-la, fazer as pazes, brigar, fazer as pazes de novo. Tal processo orienta o alicerce do relacionamento humano, que são a simpatia, a bondade, a cortesia, a cooperação e a importância de perdoar e ser perdoado.

Para a pedagoga, Danielle Carreira Fernandes, o ato de brincar nem sempre vem acompanhado de um brinquedo. “Brincamos com palavras, pessoas, músicas, animais, roupas, livros, para estimular a criatividade e a fantasia”, afirma Danielle.

Assim, as descobertas provêm do fato de as crianças levarem a sério as brincadeiras num ambiente descontraído e harmonioso. Um exemplo é quando precisam se organizar para descer a escada na escola. Há mais respeito entre os colegas e compreensão das orientações do que se fosse dito: "É necessário descer devagar para não cair". Em casa, os pais podem usar a mesma metodologia nas refeições e nas práticas de higiene para uma devida apropriação das regras. “Podem ser realizadas competições de quem deixará o prato limpo primeiro. Frequentemente, verifica-se que pais, filhos e irmãos acabam de comer quase juntos, o que faz com que todos estejam em primeiro lugar”, sugere a pedagoga.

Além disso, brincar facilita o trabalho em equipe e exercita a socialização com as pessoas mesmo em situações de competitividade. No entanto, boa parte das brincadeiras infantis são um ensaio para a vida adulta. Como afirma o escritor e filósofo, Rubem Alves: “Quem brinca não quer chegar a lugar nenhum – já chegou”.
Dessa forma, os momentos lúdicos tornam-se mágicos, encantadores e recompensadores para crianças e adultos. E esse faz-de-conta também é sinônimo de atividade, de liberação de energia conforme esclarece a professora de educação física, Camila Almeida Garcia Palma: “Brincadeiras como corre-cotia, queimado e pega-pega desenvolvem a parte respiratória, a flexibilidade, o equilíbrio, a agilidade e permitem a exploração dos limites do próprio corpo”. Ocorre igualmente uma explosão de sentimentos, em que as crianças extravasam e vão construindo sua autonomia.

Segundo o presidente da Igreja Messiânica Mundial, reverendíssimo Tetsuo Watanabe, o mais importante para a mudança de sentimento é o contato com a vida em si. “A criança consegue sentir a força que existe na natureza e como Deus está presente em tudo o que tem vida; esse contato vai lapidando seu caráter”, explica Watanabe. Como os filhos aprendem com os pais, procurando imitá-los, torna-se indispensável que estes cultivem bons sentimentos, boas atitudes e sejam capazes de transmitir valores como solidariedade e altruísmo. Assim, tem início a fase de aprimoramento durante a qual, desejando a felicidade e o bem estar do próximo, as crianças passam a se colocar em segundo plano, a perceber o sentimento alheio, fortalecendo sua própria sensibilidade e se conectando com a vontade de Deus.

BOX:
Criança brinca de ser mãe, pai, médico, cozinheiro, motorista... É uma forma de viver todas as vidas possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. Nesse sentido, algumas dicas podem ajudar nesse aprendizado:
– É importante escutar atentamente o que a criança diz para que ela expresse seus ideais, medos e satisfações, sem julgamentos ou comparações;

– Colocar-se no lugar do outro (amigo, irmão, avó)permite que ela perceba inúmeras formas de enfrentar um problema;

– Cometer erros durante os jogos estimula sua capacidade de análise;

– O fundamental é que a criança possa demonstrar suas fantasias livremente para compará-las com a realidade do futuro. Ela precisa aprender que há um tempo certo para a realização de cada coisa e que, com esforço e dedicação, tudo vale a pena.



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Por Adriana Petrov Rodarte